sábado, 28 de julho de 2007

Se não podemos acabar com os homens, então mudemo-los!


No desenho South Park, os Crab People - Homens-Carangueijo - são criaturas que vivem sob a Terra, e que foram aprisionados há centenas de anos atrás pelos homens, depois das Guerras Kindling. Anos após anos, eles vem bolando uma maneira de sujeitar os seres humanos, como vingança. Então os Crab People contruíram corpos de silicone e se infiltraram entre nós, para nos transformar em metrossexuais, nos deixando frouxos e permitindo que dominassem o mundo.

No Brasil, há alguns exemplares de Crab People. No decorrer da vida do nosso modesto blog, pugnaremos por denunciar essas estranhas formas de vida - como dizia Amália Rodrigues, uma das representantes mais ilustres dos Carangueijos.

A figurinha da foto é manjada; um Crab People que há décadas tenta manter-nos sujeitos às suas loterias mirabolantes, e a seus prêmios nem tanto: Senor Abravanel.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pra inglês comentar - Ou: eu também sei as causas!!!


"Um artigo assinado pelo correspondente do jornal britânico Financial Times no Brasil, Jonathan Wheatley, critica duramente a resposta do governo brasileiro ao acidente envolvendo o avião da TAM, na semana passada.
(...)
A conclusão do correspondente é que 'qualquer que seja a causa do acidente, ele era uma tragédia esperando para acontecer'."
Fonte: Folha Online

Curto e grosso: faz sentido essa colocação? O que o governo teria a ver com o acidente se for comprovada falha mecânica do Airbus? Se houve problemas mecânicos no avião, a culpa é exclusivamente da empresa Airbus e/ou da própria TAM.

Daqui a pouco chamarão São Pedro para a CPI da chuva na pista...

(legenda da foto: "É você?")

sexta-feira, 20 de julho de 2007

MORREU, MORREU!!!


Tenho o prazer de postar aqui, neste humilde blog, a morte de um dos maiores safados da política brasileira:


MORREU ACM!!!!


Só o tanto que aquele desgraçado roubou e aprontou nesse país, merecia uma grande festa nacional! Fogos de artifício seria pouco pra uma comemoração desse porte! Mais gente da laia de ACM deveria ir para o inferno com ele, como José Serra por exemplo...

Fica aqui registrada a minha alegria.

Adeus ACM... Que sua alma queime no inferno!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Nojeira polítco-partidária - ou, José Serra...


Uma das coisas que mais está me revoltando é o governador de São Paulo, José Serra, se promovendo em cima do acidente da TAM, dando pitaco sobre o ocorrido, e informações como se fosse um jornalista. Atitude que, nos últimos dias, só se comparou, em muitíssimo menor escala de semvergonhice polítiqueira, com a vaia ensaiada pelo César Maia.

O Brasil tem que conhecer melhor quem almeja a sua presidência... Imagina esse crápula tucano no governo? Como disse a nossa filósofa emérita salve-salve: "Eu tenho medo...".

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Pan, Pan, Pow, Pum, Bam! - Post a jato...


Dizem que as vais para o Lula foram ensaiadas dias antes por funcionários da prefeitura do Rio, que receberam ingressos e transporte gratuito para a abertura do Pan;

2º Além das maracutaias esperadas pelos governos e iniciativa privada, milhares de pessoas foram desalojadas em virtude do Pan2007;

3º O Rio vive um clima de ocupação militar - Estado de Exceção, como diz o prefeito César Maia;

4º Diogo Silva ganhou o ouro porque é competente, e não pela ajuda governamental. Aliás, o Brasil é cheio desse tipo de exemplo: o povo só ganha prata e bronze porque não tem condições de treinamento/estudos suficiente para se equiparar tecnicamente com os outros países;

5º Um troço que foi orçado em R$ 750 milhões, agora custa R$ 3 bilhões.

Pergunta: será que o retorno será maior que o investimento?
Pergunta: Por que o Rio, e não uma outra capital/cidade mais segura?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Computadores, videogames, e o mundo que virá...


O videogame Wii, da Nintendo, lidera as vendas no setor. Tá, mas ele tem efeitos gráficos menos desenvolvidos que os da concorrência, os jogos são palha (leia-se: não são tão sangrentos quanto os primos das outras marcas), e aquele joystick é esquisito, tem que jogar em pé, etc. Mas, o que faz tanta gente comprá-lo? Simples: SIMPLICIDADE.

A Nintendo foi esperta em lançar um controle inovador e... SIMPLES! Basta chacoalhá-lo pra cá, pra lá, e, nossa!, já se está jogando. Particularmente eu nunca nem vi esse videogame, conheço-o por ouvi dizer, mas o que li já me credita a escrever este post. Toda uma gama de usuários pelo mundo (diga-se, primeiro mundo) está empolgada com essa novidade, a qual até idosos e donas-de-casa (geralmente os mais apáticos quanto a esse tipo de novidade tecnológica) estão entrando na onda. Os jogos são também simples e voltados à família, e, pelo que eu li, até ajudarão no aprendizado - por exemplo, com aulas de culinária. Mas, perai: eu estou fazendo propaganda da Nintendo?

Existe uma (eterna) discussão entre usuários (e, até certo ponto, militantes) do Windows e do Linux. Ambos trocam farpas, afirmando que um sistema é melhor que o outro por causa disso, disso e daquilo. O argumento dos defensores de Bill Gates é que o seu sistema operacional é fácil de usar, e é seguro - claro, mediante certos cuidados, como anti-vírus e firewalls. Já os militantes do pinguim afirmam que o seu sitema é mais seguro (praticamente não há vírus pra Linux, não porque os hackers tiveram dó, mas a sua arquitetura dificulta a ação dessas pragas) e estável (não trava com facilidade), além de poder ser personalizado ao gosto do usuário (claro, mediante conhecimentos avançados de computação), e ter uma atualização quanto a defeitos muito rápida (como são milhares de programadores ao redor do mundo, alguém, em algum lugar, que achar um bug, já providenciará o seu conserto pra ontem, enquanto no Windows, da descoberta até a solução, há um certo atraso). Mas, qual a ligação entre os sistemas operacionais e o videogame?

Simples! O debate entre aficcionados em computação chega a um ponto em que os windowmaníacos apontam a pretensa dificuldade em se operar o sistema concorrente como uma vantagem-chave para Bill Gates e sua trupe, argumento o qual os linuxmaníacos rebatem na mesma moeda. A bem da verdade - e contrariando ambos os lados -, eu penso que NENHUM deles seja fácil de usar. O que o feliz comprador de um automóvel quer é, em sua gigantesca maioria, sentar seu bumbum no banco e sair dirigindo. Compreender como funciona um motor, ou o sistema de injeção eletrônica, ou mesmo a diferença entre este e um carburador, é coisa pra interessados. Inegavelmente o conhecimento é um instrumento para, além de outras coisas, não ser enganado pelo mecânico.

Daí que entra o Wii: a sua simplicidade atrai os mais diversos públicos. Por que os sistemas operacinais não são feitos para dummies? Por que se tem tanto medo, e se comete tanta cagada - ou ninguém ouviu falar de fotos íntimas divulgadas na internet, só pra dar um exemplo? Porque eles são feitos para quem já tem familiaridade, não importando se é o primeiro computador de um lavrador maiquiniquense de 70 anos. Ambos os sistemas são difíceis, ambos são um enorme desafio, e muitas pessoas não querem saber como é configurada a lilo do Linux, ou como limpar o registro do Windows. Assim, vem a pergunta: cadê a simplicidade?

Enquanto não houver solução para a simplicidade dos sistemas, a tal inclusão digital estará cada vez mais difícil de ser alcançada. Claro, não quero dizer com isso que programas CAD devam ser adaptados para marinheiros de primeira viagem, mas que aplicativos de uso geral sejam acessíveis, a todo o instante, a qualquer um que deseje, sem que se precise de muita habilidade. Essa deveria ser a meta dos militantes do Linux, já que arrotam a superioridade deste sobre o outro. Eles deveriam usar da maleabilidade do sistema para implementar um ambiente de trabalho cada vez mais simples e didático (se possível, auto-didático). Deveriam trabalhar para que qualquer um, até o prezado senhor do exemplo acima, possa disfrutar da praticidade da tecnologia - aliás, esta deveria servir para facilitar a vida do homem, e não para complicá-la. A filosofia por trás da palavra informática é a facilitação, a automação do processamento de informações, e não a sua dificultação. Carros servem, basicamente, para nos levar de um lugar a outro, e os sistemas operacionais, analogamente, não estão cumprindo o seu objetivo, que é encurtar a distância entre a necessidade e sua satisfação.

P.S.: esta é a versão 1.0 deste artigo. Em breve será corrigida.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Tradição, família e propriedade... científica!


Deu no portal G1: um astrônomo estadunidense, pesquisador de estrelas, critica as descobertas de exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar), objetos que viraram moda hoje em dia. Ele diz que esses poderiam ser o que ele chama de
criptoplanetas, ou seja, grandes bolas de matéria que orbitam uma estrela, mas não foram feitos com os restos da sua formação, assim como os planetas normais, como a Terra. Ele explica o motivo para tanto alvoroço dos cientistas em torno desses novos planetas:

G1 - Por que os astrônomos parecem ter tanta dificuldade em abandonar o velho esquema de formação planetária, que, para explicar os exoplanetas, precisa ser adaptado com uma idéia de migração dos astros gigantes gasosos para perto da estrela? Kurucz - As pessoas normalmente tentam encaixar as novas descobertas em suas experiências anteriores. Elas não querem lidar com novas idéias e novos problemas. (grifos meus)

Fonte: Portal G1, Ciência e Saúde


Será que a mesma coisa não acontece na Academia? Eu me detenho nas Ciências Humanas em específico: há esse medo (ou preguiça, ou incapacidade, ou exigência do orientador/órgão financiador) de enxergar além, e de ficar sempre nos mesmos autores, nas mesmas teorias, nas mesmas colagens-Frankenstein de autores diversos num mesmo texto pra se justificar uma determinada conjuntura, situação ou fenômeno. Certas vezes - parecido com a afirmação do astrônomo - tenta-se encaixar a realidade na teoria, pois, se o emérito e venerável Dr. Fulano (ou, como no caso da História, Dr. Foulanault) disse isso, então é para a realidade se comportar dessa maneira - e ai dela sair da linha!!

Essa atitude sobre o objeto de estudo tem lá suas razões. As vezes é incapacidade de enxergar mais longe - e não podemos culpar a grande massa de cientistas (sejam eles das humanidades, das exatas ou biológicas) de ser assim, pois, como disse, se não me engano, Eric Hobsbawm, em A Era dos Extremos, a maior parte da humanidade não possui talento algum. Não se deve esperar que todo o cientista seja um Einstein à espera do grande estalo de genialidade, mas também não se deve renegar o trabalho de formiguinha que estes realizam, e que, juntos, formam a base para as grandes descobertas.

Agora, além disso, há o poder massacrante dos feudos acadêmicos, dos embaixadores de determinados pensadores que mantém um círculo de agregados e peões - pesquisadores e estagiários - e que, por mais que aqueles não sejam geniais a ponto de contribuir significativamente com o seu conhecimento para a humanidade, são os que ocupam cargos nas comissões científicas das universidades e governos, e tem o poder do canetaço: "Este convém, aquele não"; "Ele é amiguinho, ela não". E, assim, espalha-se a teia dos que, por um motivo ou outro, encontram-se na situação de continuadores da pesquisa do orientador ou do laboratório, produzindo o já gasto, não se permitindo inovar, pensar além, pois, se o fizerem, perdem o financiamento...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Paris "slut" Hilton


Apresentadora de TV estadunidense recusa-se a priorizar uma notícia da socialite Paris Hilton em detrimento do noticiário sobre a guerra no Iraque. Ela chega a tentar atear fogo na pauta, mas, por fim, insere-a no picador de papel.

Vivemos num mundo onde o fetiche da mercadoria está tão impregnado, que poucas pessoas têm o bom senso de ordenar as coisas de acordo com a sua importância, e não quanto ao seu valor para o consumo. A guerra no Iraque é uma coisa tão distante, e tão abstrata para a maioria dos estadunidenses, e que aparece tantas vezes na TV, que já não desperta tanto interesse quanto as peripécias de uma menina rica, mimada e sem talento algum.

Interessante como essa tal de Paris, de uma hora para outra, transformou-se no mais puro exemplo de celebridade vazia. Ela é só uma imagem, não acrescenta nada a ninguém, e muito menos faz algo além de aparecer. Nesse mundo onde os símbolos são supervalorizados, várias pessoas acabam por esquecer-se que existe um chão, que ainda existe uma hierarquia de valores, de temas que suscitam discussão, de problemas a serem resolvidos, e se apegam, deixam-se levar pelo mundo de sonhos da dita "pós-modernidade", consumindo imagens, e não refletindo sobre elas.

Segundo o ditado, uma delas vale por mil palavras. Eu sempre acreditei, pelo contrário, que uma imagem suscita mais de mil palavras, pois, embora esses símbolos sejam imediatos, estejam ali, são, aparentemente, auto-explicativos, eles são passíveis de manipulação, e das mais simples e críveis. Dependendo do ângulo, do recorte da foto, pode-se, para além do Photoshop, selecionar o objeto a ser mostrado, omitindo tudo o que estiver em sua volta.

Sem reflexão, os diversos significados de um retrato podem ser deixados de lado, favorecendo o imediato, o apelo sentimental direto - o corpo mutilado, a criança passando fome -, descontextualizando o assunto, atribuindo-lhe valores alheios à realidade da conjuntura a qual foi retirada a fotografia - por exemplo.

Dessa forma - e encurtando a conversa -, a atenção do mundo - e, no caso, do telejornal norteamericano - para a pobre menina rica, deixando de lado questões mais importantes, exemplifica o nivel de alienação o qual chegamos, onde a socialite, o Iraque, a fome ou o trabalho escravo, são, cada vez mais, imagens, somente imagens, mais ou menos fortes, que, ao mudar-se de canal, ou virar-se a página, são substituidas por outras, como se o mundo se reduzisse a um conjunto de textos, símbolos soltos pairando no ar dos despreocupados.