Liberou geral: punheteiros de todo mundo, uni-vos!!! Segundo cientistas australianos (eu odeio esse negócio de "segundo cientistas"), a prática constante do onanismo entre os 20 e os 50 anos diminui a incidência da forma mais devastadora do câncer de próstata.De acordo com a Folha Online, "Eles suspeitam que a ejaculação frequente preveniria a formação de carcinógenos na glândula, pois o sêmen é rico em substâncias como potássio, zinco, frutose e ácido cítrico".
Assim, o tão combatido prazer solitário agora virou prevenção contra um dos males do século. Claro, a punheta tem alguns efeitos colaterais em seus praticantes, como o crescimento de pelos nas mãos, de mamas, a impotência, e, mais importante, o derramamento de futuras almas por puro prazer, sem a função divina da procriação.
Há, na Bíblia, a condenação de um sujeito chamado Onan, que, desposando a sua cunhada após a morte do irmão, evita o nascimento de um filho seu através do coito interrompido:
Onã, porém, sabia que tal descendência não havia de ser para ele; de modo que, toda vez que se unia à mulher de seu irmão, derramava o sêmen no chão para não dar descendência a seu irmão. E o que ele fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que o matou também a ele. Gen 38, 9-10.
Esta, segundo determinados exegetas, é uma condenação explícita do desperdício da dádiva de Javé, o que ocasionou não acne ou afinamento da voz, mas a morte do primeiro punheteiro da história - acredito que não tenha sido por câncer de próstata...
Caso o Ministério da Saúde adote uma campanha pela disseminação do "onanismo preventivo", haverá uma polêmica dentre os setores mais conservadores da sociedade. Dirão que, depois de apoiarem a homossexualização da sociedade, passarão a atentar contra a semente da vida.
Assim, para além de credos, etnias, culturas, sexualidades e gostos musicais, masturbai-vos, senhoras e senhores! Se ela previne o câncer, não sei, mas ajuda bastante na descoberta do próprio corpo, das sensações que se prefere ter, estimula a criatividade, e sei lá mais o quê... E, claro, nunca siga o exemplo do nosso camarada Pedro de Lara: antes um dedo no buraco de baixo que algodão nos buracos de cima!
