
O grande motivo da minha emoção foi o fato de uma história que começou em 1931 (as Reinações de Narizinho, livro que deu origem às aventuras da boneca de pano falante) estar ainda atual, sendo reciclada, porém (aparentemente) sem perder a sua essência, brincando com os mitos e lendas brasileiras, misturando-os com os mais diversos universos, falando um idioma que não a dublagem malfeita dos desenhos-mangá, ou do pato ianque da Disney, mas sim algo que pode até soar como uma reunião antropofágica, não fosse as rusgas do autor com o Modernismo.
Passados 76 anos daquele livro, me apertou o coração em imaginar o "seu" Lobato assistindo TV e se deparando com a sua obra em fins de 2007 sendo ainda divulgada - especialmente na parte "nobre" do horário televisivo infantil -, cativando as crianças de hoje, aquelas mesmas que se vestem como a última loira-do-Tchan, e acabam com seus dedos nos controles de videogames e nos mouses e teclados dos computadores.
Um comentário:
Eu sou da geração do Sítio dos anos 70, amava! Dá saudades. -----------Mas, no fim dos anos 80, início dos 90, eu já era professora. E já ouvia: "Ninguém mais respeita os professores! No meu tempo...". Meus pais diziam, quando eu era criança (nos 70): "Ninguém respeita mais os professores!"... Meus pais ouviram: "Vcs não respeitam mais nada!" e assim vai...
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