
"Um levantamento realizado pelo governo da cidade de Buenos Aires revelou que 97% dos meninos que vivem nas ruas já usaram internet alguma vez na vida. Deste total, 30% navegam duas ou três vezes por semana e 55% passam mais de uma hora conectados à rede.
(...)
'Antes, estes meninos estavam em um campinho de futebol, mas hoje entram nos locutórios para baixar filmes, escutar música e jogar na internet', disse Marisa Graham, diretora do projeto, ao jornal "Perfil"".(Folha Online)
Deixa eu ver se entendi bem: meninos de rua acessam internet em Buenos Aires. À parte o nível de escolaridade dessa meninada (97% acessam a internet!!!), eu acho uma cretinice incluir digitalmente, mas não incluir social e economicamente; porque não colocar essas pessoas numa instituição onde, além de internet à vontade, poderiam ter educação, alimentação, lazer, sem ter que limpar os vidros dos carros em sinais de trânsito?
Mais cretinice: "ONGs também se dedicam à causa [da inclusão digital].
É o caso da Fundação Criar Vale a Pena (CVLP, sigla em espanhol), que ensina meninos e meninas de bairros carentes a criar vídeos sobre suas próprias vidas, no computador."
Novamente: porque, ao invés de ensinar futuros marginais a empunharem cameras de vídeo para sensibilizar o público de algum festival de cinema na Europa, essas ONG's não trabalham para transformar a vida desses meninos e meninas de rua, oferecendo educação e instrução para uma vida decente no futuro? (Não digo cursos para padeiro, mas que dêem real perspectiva para eles...)
Um comentário:
Concordo que a inclusão tenha que ser integral. Mas, você conhece o trabalho dos Comitês para a Democratização da Informática?
http://www.cdi.org.br/
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